Por Da
redação
Visita técnica e
vistoria na planta do frigorífico SIF 530, da Seara, do grupo JBS, em Lapa, no
Paraná. Esta é uma das plantas investigadas na Operação Carne Fraca da Polícia
Federal, e está com a licença de exportação suspensa - 21/03/2017 (Ueslei
Marcelino/Reuters)
O governo
japonês anunciou a suspensão das importações de frango e outros produtos do
Brasil oriundos das 21 empresas citadas na investigação da Operação Carne
Fraca, da Polícia Federal. Na segunda, China, Chile e
União Europeia anunciaram restrições à carne brasileira. A operação
investiga esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos.
O México,
que importa produtos avícolas, como carne refrigerada, congelada e desidratada
de frango e de peru, ovo fértil e aves domésticas, também suspendeu as importações
do Brasil.
As
autoridades suíças anunciam que bloquearam a entrada da carne brasileira
produzida por quatro empresas citadas na Operação Carne Fraca. A União Europeia
já havia comunicado ontem que não aceitaria o embarque dos produtos das
empresas investigadas.
“Como somos parte da Europa, bloqueamos o
mesmo número de empresas que a União Europeia”, disse Stefan Kunfermann,
porta-voz do Escritório de Veterinária da Suíça.
O governo
da Jamaica apelou para que a população não coma carne brasileira e ordenou que
os supermercados retirem de suas prateleiras os produtos do setor bovino.
Até que o
caso seja examinado, toda a importação de carne brasileira será suspensa da
Jamaica. O ministro de Comércio jamaicano, Karl Samuda, explicou as medidas têm
o objetivo de garantir a “segurança do consumidor”.
Hong
Kong, o maior importador de carnes do Brasil, também proibiu a importação de
carne brasileira.
“Tendo em
vista que a qualidade da carne exportada do Brasil é questionada, por
prudência, o Centro de Segurança Alimentar suspendeu temporariamente a
importação de carnes congeladas e refrigeradas e carne de aves do Brasil com
efeito imediato”, informou a agência em comunicado.
Procurado,
o Ministério da Agricultura informou que não havia sido comunicado oficialmente
sobre a decisão desses países de barrar a entrada de produtos brasileiros.
O
ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (20) que será
‘um desastre’ se os países importadores restringirem a entrada da carne
brasileira. “Eu torço, rezo, penso, trabalho para isso não acontecer”, afirmou.
Segundo
ele, o governo brasileiro precisa se apressar para dar explicações aos países
que importam carne do Brasil. A preocupação é com o bloqueio desses mercados ao
produto brasileiro, consequência da Operação Carne Fraca, que revelou um
esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos.
“Temos
que correr para atuar no mercado externo. Não podemos permitir o fechamento [do
mercado]. Uma vez que aconteça o fechamento, serão muitos anos de trabalho para
reabrir novamente. Nossa preocupação é não deixar sem resposta nenhum pedido de
informação desses países”, afirmou ele.
Para que
os embargos fiquem restritos às 21 empresas investigadas, o Brasil barrou a
exportação dessas companhias. Das 21 empresas, apenas quatro exportam
para a União Europeia.
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